Biópsia Prostática de Fusão
O que é?
A Biópsia Prostática de Fusão é a tecnologia mais completa e avançada com uma taxa de deteção de tumores de próstata mais elevada, comparando com uma biópsia tradicional. Além disso, esta técnica pode ajudar a reduzir a deteção de tumores clinicamente não significativos, evitando biópsias desnecessárias. Utiliza as imagens de ressonância magnética (RM), de forma a dirigir a biópsia às lesões suspeitas de cancro da próstata. É realizada por via perineal (zona entre os testículos e o ânus).
Recorre-se a software que permite, em tempo real, ligar as imagens da RM feita previamente às da ecografia, durante a biópsia, e dessa forma realizar um diagnóstico o mais preciso possível.
Quem deve fazer?
A biópsia prostática (de fusão) está indicada para homens com suspeita de cancro da próstata. A suspeição de cancro da próstata existe quando o exame de PSA no sangue está aumentado, quando existem alterações no toque retal ou quando existe uma ecografia prostática com alterações sugestivas. O passo seguinte é fazer um RM e fazer uma biópsia prostática de fusão.
Doentes com cancro da próstata de baixo risco e que estão num protocolo de vigilância ativa.
Doentes que foram submetidos a tratamento focal do cancro da próstata e mantêm necessidade de vigilância clínica.
É importante salientar que a decisão de realizar esta biópsia está dependente de avaliação clínica e depende de vários fatores, a ter em conta com o paciente.
Para que serve?
A biópsia prostática de fusão é atualmente o exame de primeira linha para diagnosticar o cancro da próstata.
Porque fazê-lo
connosco?
No Instituto de Urologia Oncológica temos uma vasta experiência no diagnóstico e tratamento de cancro da próstata, tendo realizado centenas de biópsias prostáticas de fusão, sendo este o meio de diagnóstico que utilizamos há vários anos.
Precisão
Mapeamento da próstata em que cada fragmento é avaliado em separado pelo anatomo-patologista, permitindo saber com a maior precisão possível onde há focos de cancro da próstata.
Rapidez
Conseguimos realizar a biópsia entre 1 a 2 semanas e obter o resultado em 5 dias úteis.
Personalização
Conseguirmos oferecer o tratamento adequado a cada pessoa, dentro das várias possibilidades, pois fazemos o diagnóstico que permite melhor caracterizar a doença.
Se tem mais de 45 anos, é homem e nunca fez um teste de PSA, marque já a sua consulta.
Perguntas frequentes
Consulte mais informação sobre o cancro da próstata. A nossa equipa médica está também disponível para esclarecer todas as suas questões numa consulta de avaliação. Fale connosco.
A principal diferença é que a biópsia de fusão permite identificar lesões e é acessível a todas as zonas da próstata, ao contrário da clássica, transrectal. Para além disso permite gravar de onde é retirado cada fragmento individual, aumentando a precisão no diagnóstico. É feita através da pele entre os testículos e o ânus em vez de ser por via retal.
Tem duas enormes vantagens e por isso está recomendado, como o exame a realizar, pela Associação Europeia de Urologia:
- Maior precisão no diagnóstico, permitindo mapear “toda” a próstata. Deteta mais casos de cancro significativo.
- Reduz 9 vezes o risco de sépsis (infeção grave, com risco de morte) após biópsia.
É um procedimento que por norma é realizado sob sedação ou anestesia geral, para conforto do paciente e para melhoria da precisão do resultado da biópsia. Por isso é menos dolorosa. A biópsia de fusão reduz 9 vezes o risco de sépsis (infeção grave, com risco de morte) e reduz também o risco de hemorragia rectal que existe na biópsia tradicional.
É possível fazer só com anestesia local, mas o desconforto para a pessoa pode ser grande, pois é realizado deitado, com as pernas elevadas e dobradas, como se estivesse “sentado” – também conhecida como “posição ginecológica”. Isso, aliado ao facto de demorar cerca de 30 minutos a realizar, e de ser necessária a maior imobilidade possível para melhorar o diagnóstico de precisão, é aconselhável a realizar o exame associado a uma sedação ou com anestesia geral.
A biópsia de fusão demora cerca de 30 minutos a ser realizada. O processo desde a admissão e a alta dura cerca de 2 horas e 30 minutos.
É o melhor procedimento para diagnosticar cancro da próstata, sempre que temos uma ressonância magnética disponível. Caso não possa realizar uma ressonância, terá de ser avaliado com base na experiência de muitos anos usando os métodos tradicionais (PSA, toque retal, ecografia convencional e outros exames com menor expressão).
Existem muitos estudos a avaliar esta questão. Referindo-nos aos dados mais robustos, podemos dizer que a biópsia de fusão aumenta 20 a 30% a taxa de deteção de cancros clinicamente significativos caso seja a primeira biópsia prostática. Se for uma segunda biópsia, este aumento é de 40 a 50%.
Um resultado positivo é, à partida, definitivo. Isto quer dizer que virtualmente não existem falsos positivos. Por outro lado, um exame negativo não quer dizer que não tem cancro da próstata; só faz com que seja menos provável. Isto pois só é possível fazer uma “pequena” amostra da próstata, e por isso ser tão importante a biópsia de fusão.
É possível fazer só com anestesia local, mas o desconforto para a pessoa pode ser grande, pois é realizado deitado, com as pernas elevadas e dobradas, como se estivesse “sentado” – também conhecida como “posição ginecológica”. Isso, aliado ao facto de demorar cerca de 30 minutos a realizar, e de ser necessária a maior imobilidade possível para melhorar o diagnóstico de precisão, é aconselhável a realizar o exame associado a uma sedação ou com anestesia geral.
Por ser um exame por via perineal, estas são mais reduzidas em relação à biópsia convencional por via retal. Pode aparecer sangue na urina, sangue no esperma, queixas de ardor a urinar ou de frequência urinária e pode aparecer um hematoma na zona perineal. O risco de infecção é muito reduzido, particularmente de infecções graves (sépsis), muito menor que na biópsia transretal.
Suspender alguma medicação anticoagulante e antiagregante (nem toda é necessário suspender).
Se for com sedação ou anestesia geral terá de ter um jejum de 6-12 horas.
Só é necessário antibiótico em casos selecionados.
Deve ser aplicado gelo na zona perineal nas primeiras 48 a 72 horas, por períodos de 15 minutos, 6 vezes ao dia.
Evitar esforços nesse mesmo período.
Por vezes é necessária medicação para alívio de sintomas ligeiros (dor ou urinários).
Só é necessário antibiótico em casos selecionados.