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Tratamento Focal do Cancro da Próstata
O que é?
O Tratamento Focal do Cancro da Próstata é uma abordagem terapêutica que se concentra em tratar apenas a área da próstata onde está presente o cancro da próstata localizado, deixando a restante glândula e os tecidos circundantes menos afetados. Esta técnica é menos invasiva no tratamento de cancro da próstata e é usada em cancros de próstata localizados e de risco intermédio, onde o cancro está confinado a uma área pequena e bem definida da próstata.
O objetivo é tratar o cancro da próstata com segurança, minimizando os efeitos secundários associados aos tratamentos convencionais – risco de incontinência urinária e de disfunção erétil. É um tratamento cada vez mais realizado.
Quem deve fazer?
O Tratamento Focal do Cancro da Próstata é adequado para casos específicos, dependendo do estadio e agressividade do cancro, saúde geral e preferências do paciente. Está principalmente indicado para cancro localizado, de risco intermédio, com lesão única, inferior ou igual a 15 mm, dentro dos limites da próstata, e cuja biópsia apresente tumor apenas na lesão observada.
É imperativo que os pacientes avaliem todas as opções de tratamento com o urologista, considerando benefícios, riscos e resultados esperados. A seleção adequada dos casos, seguindo recomendações internacionais, é essencial para o sucesso do tratamento.
No que consiste?
Consiste em tratar apenas a zona da próstata com cancro e não a próstata toda, recorrendo a tecnologia que permite um tratamento sem incisões. Deste modo consegue destruir-se a lesão de cancro da próstata enquanto se tenta preservar a função urinária e sexual. Para isso estão disponíveis várias energias: Criocirurgia, Ultrassons focais de alta intensidade (HIFU), Eletroporação Irreversível (IRE), LASER e braquiterapia focal.
PASSO 1
Pré-procedimento
É necessário realizar exames pré-operatórios e uma consulta de anestesia. Pode estar indicada a suspensão ou substituição de alguns fármacos, como anticoagulantes ou antiagregantes. É necessário 6 a 12 horas de jejum.
PASSO 2
Procedimento
O tratamento é realizado sob sedação ou anestesia geral. É utilizada fusão da Ressonância Magnética prévia, com ecografia em tempo real, associado aos dados da biópsia prostática realizada. Sem incisões, são utilizadas “agulhas” que conduzem a energia para a zona a tratar. É colocada uma algália pelo risco de retenção urinária.
PASSO 3
Pós-Procedimento imediato
O procedimento pode ser realizado em ambulatório ou apenas com um dia de internamento. Após alguns dias (1 a 5) é possível remover a algália em regime de ambulatório, ou ainda no internamento.
PASSO 4
Recuperação no domicílio
As funções miccional e sexual são tendencialmente pouco afetadas, estando principalmente dependentes dos parâmetros prévios à cirurgia. Pode ser necessária alguma medicação para manter o padrão miccional e a função erétil.
Porque fazê-loconnosco?

Experiência Comprovada
Experiência Comprovada – Ao longo dos anos, acompanhamos dezenas de pacientes submetidos a Tratamento Focal do Cancro da Próstata, com uma atenção meticulosa às indicações e contraindicações, bem como ao desafio de monitorar o progresso pós-tratamento.

Tratamento Personalizado
Paralelamente, acumulámos vasta experiência em tratamentos convencionais, permitindo-nos customizar o melhor plano terapêutico para cada paciente, considerando a singularidade da sua condição. Baseamos sempre as nossas abordagens na mais recente evidência científica, assegurando um cuidado integral e personalizado.

Disponibilidade
Estamos sempre acessíveis e prontos para acompanhar os nossos pacientes em todas as etapas: desde o diagnóstico até ao tratamento e seguimento pós-procedimento (tanto imediato como a longo prazo).
Se tem mais de 45 anos,é homem e nunca fez um teste de PSA, marque já a sua consulta.

Perguntas frequentes
O tratamento focal do cancro da próstata permite destruir apenas a zona da próstata com tumor comprovado por ressonância e biópsia. Os tratamentos convencionais tratam toda a próstata, independentemente de ter só um ou vários focos. A vantagem do tratamento focal é permitir não afetar as estruturas vizinhas da próstata, e dessa forma ter menos efeitos indesejáveis como disfunção erétil e incontinência urinária.
Os critérios vão sendo melhorados à medida que o tempo passa, sendo o candidato ideal aquele que tenha cancro localizado à próstata, de risco intermédio (grupo II de prognóstico), com lesão única na próstata, igual ou inferior a 15 mm, dentro dos limites da próstata, e cuja biópsia apresenta tumor apenas na lesão observada.
Para optar pelo Tratamento Focal é essencial uma seleção criteriosa. É importante reconhecer que, embora esta abordagem possa não oferecer a mesma eficácia oncológica de uma cirurgia radical ou radioterapia externa, apresenta menor risco de disfunção urinária ou sexual. A avaliação e o acompanhamento por um urologista com experiência comprovada nestes tratamentos são cruciais para garantir os melhores resultados possíveis.
Existem várias técnicas. O HIFU utiliza ultrassons de alta intensidade para destruir o tecido. A crioterapia utiliza o frio com o mesmo objetivo. A eletroporação irreversível utiliza corrente entre as células para levar à sua destruição. A braquiterapia focal utiliza radiação ionizante assim como a braquiterapia total ou a radioterapia externa. Independentemente da técnica, são colocadas “agulhas” através do períneo (zona entre o escroto e o ânus) para aplicar a técnica, com excepção do HIFU, onde é utilizada apenas uma sonda transrectal.
É aconselhável realizar o procedimento com sedação ou com anestesia geral (consoante o procedimento em causa). Existe necessidade de imobilização para se atingir a maior precisão possível e só se consegue de uma dessas formas. Algumas das fontes de energia exigem bloqueio neuromuscular completo para se poder realizar a técnica.
O tratamento focal do cancro da próstata permite destruir apenas a zona da próstata com tumor comprovado por ressonância e biópsia. Os tratamentos convencionais tratam toda a próstata, independentemente de ter só um ou vários focos. A vantagem do tratamento focal é permitir não afetar as estruturas vizinhas da próstata, e dessa forma ter menos efeitos indesejáveis como disfunção erétil e incontinência urinária. Permite ainda manter a ejaculação, mesmo que em menor quantidade.
Existem alguns riscos, como em qualquer tratamento. O risco de disfunção erétil ou de incontinência urinária é reduzido. Existe o risco de uma infecção urinária, como em qualquer procedimento que implique a próstata. Pode também ocorrer uma hemorragia pela uretra ou na zona de inserção das agulhas. Nalguns destes tratamentos existe um risco raro de fístula para o recto.
Por ser um tratamento por via perineal, sem incisões, tem menos complicações em relação à cirurgia radical e à radioterapia/braquiterapia convencionais. As complicações mais comuns fruto do tratamento focal são sangue na urina, sangue no esperma, queixas de ardor a urinar ou de frequência urinária e pode aparecer um hematoma na zona perineal. O risco de infecção é muito reduzido. Existe o risco de retenção urinária, que é diminuído pela utilização transitória de uma algália.
No período imediato após o procedimento, este pode acarretar riscos de queixas urinárias. Na grande maioria dos casos, os pacientes conseguem manter a continência, não experimentando agravamento das queixas urinárias pré-existentes. Aliás, o Tratamento Focal pode até melhorar a função urinária devido à redução do volume prostático e uma vez que apresenta menor risco de incontinência urinária do que outros tratamentos.
Um tratamento focal tem um risco muito menor de disfunção erétil ou de ser necessária medicação que antes não era realizada. Esta é uma das grandes vantagens deste tipo de tratamento em comparação com os tratamentos convencionais.
O tratamento focal tem probabilidades mais elevadas de o cancro reaparecer na próstata. Isto porque como esta não é toda tratada existe tecido viável que pode ainda desenvolver cancro. Outro risco é que, mesmo tratando com uma margem de segurança alargada em relação à lesão, permaneça a doença nessa zona. Ainda não há estudos a longo prazo que mostrem que seja igual em termos de eficácia oncológica. Por estes motivos, é importante que o seguimento após o tratamento seja regular.
O acompanhamento após um Tratamento Focal é mais frequente do que em tratamentos de toda a próstata. Inicialmente, são necessárias consultas regulares a cada três meses, que podem ser espaçadas para semestrais caso a evolução seja positiva. Este seguimento inclui a realização periódica de exames de PSA e toque retal, além da repetição de ressonância magnética e biópsia de fusão em determinados momentos, assegurando a eficácia oncológica do tratamento. Dependendo da evolução, podem ser necessários tratamentos adicionais ao longo do tempo.
O acompanhamento após um Tratamento Focal é mais frequente do que em tratamentos de toda a próstata. Inicialmente, são necessárias consultas regulares a cada três meses, que podem ser espaçadas para semestrais caso a evolução seja positiva. Este seguimento inclui a realização periódica de exames de PSA e toque retal, além da repetição de ressonância magnética e biópsia de fusão em determinados momentos, assegurando a eficácia oncológica do tratamento. Dependendo da evolução, podem ser necessários tratamentos adicionais ao longo do tempo.
Após a realização do Tratamento Focal é importante adotar alguns cuidados específicos para garantir uma recuperação adequada. Nas primeiras 48 a 72 horas, recomenda-se a aplicação de gelo na zona perineal por períodos de 15 minutos, cerca de seis vezes ao dia. Durante este período devem evitar-se esforços físicos significativos. Pode ser necessário recorrer a medicação para aliviar sintomas leves, como dor ou desconforto urinário. O uso de antibiótico é reservado para casos específicos, conforme avaliação clínica. Na maioria das situações, o paciente terá uma algália, que será removida nos primeiros dias após o procedimento.
Sim, pode ser realizado novo tratamento focal, sendo essa outra vantagem deste tipo de tratamento. Tem de ser avaliado pelo médico urologista se tem indicação para este tipo de tratamento. Convém ter em conta que o risco de efeitos colaterais pode ser mais elevado em tratamentos repetidos.
O tratamento focal no cancro da próstata tem o intuito de não afetar estas duas funções. Pode acontecer, em casos mais extremos, ser necessária medicação ou outro tipo de tratamentos para aligeirar pequenas alterações que possam ocorrer. É muito raro afetar alguma destas funções de forma irreversível.
Após um tratamento focal não devem ser realizados esforços físicos vigorosos ou retomar relações sexuais nas primeiras 2 a 4 semanas, sendo que atividades ligeiras (a moderadas) podem ser realizadas desde o momento da alta na maioria dos casos. É frequente que 1 mês após o tratamento retome uma vida muito semelhante com a que tinha antes do tratamento.
