Pode. O exame do PSA não é infalível, pelo que mesmo com um teste “normal” pode existir cancro da próstata. É por este motivo que se associa o toque retal ao exame do PSA, de forma a aumentar a acuidade diagnóstica. Por vezes, é necessária a realização de outros exames para avaliar este risco, como a Ressonância Magnética.

O cancro da próstata é o cancro mais frequente nos homens em Portugal, tal como na grande maioria dos países do mundo. Normalmente, o cancro da próstata só apresenta sintomas quando já está avançado, e a cura não é possível. Os programas de rastreio têm como objetivo identificar as doenças em fases iniciais, ainda sem sintomas, de forma a permitir efetuar tratamentos com elevada probabilidade de cura e menor risco de sequelas. Isto permite que um maior número de pessoas com este diagnóstico possam viver vidas mais longas e com maior qualidade. Por esse motivo, o rastreio do cancro da próstata assume uma elevada importância, estando atualmente recomendado pela Associação Europeia de Urologia e pela Comissão Europeia.

Sim, a análise do PSA é efetuada através de uma simples colheita de sangue.

Não é necessário estar em jejum para fazer o exame do PSA. Em alguns caso, as relações sexuais podem provocar um aumento do PSA, pelo que devem ser evitadas alguns dias antes da realização do mesmo. Deve também evitar nos dias antes do exame andar de mota, bicicleta ou a cavalo, assim como realizar esforços muito vigorosos.

Sim. Apesar de o PSA ser um excelente marcador tumoral, não é específico de cancro da próstata, podendo estar aumentado por outros motivos, como hiperplasia benigna da próstata, prostatite, relações sexuais, etc.

O exame do PSA deve ser realizado quando há risco de um cancro da próstata. Na grande maioria dos homens, a realização do PSA está recomendada a partir do 45-50 anos, devendo começar mais cedo quando há história familiar de cancro da próstata.

Sabemos que quando existem familiares diretos (pai, irmão) ou próximos (tio, avô) com cancro da próstata, ou cancro da mama (tanto familiares do sexo feminino como masculino), a probabilidade de ter cancro da próstata é maior, e há a tendência para aparecer em idade mais jovem. Quanto mais próximos os familiares e menor a idade de diagnóstico nos mesmos, maior o risco de desenvolver um cancro da próstata.

Sim. Quando há antecedentes familiares de cancro da próstata ou cancro da mama, está recomendada a realização do exame do PSA numa idade mais jovem.

O valor do PSA aumenta com a idade e o volume da próstata. Por este motivo, não é possível definir um valor “normal” de PSA. O que sabemos é que, quanto mais baixo o valor do PSA menor o risco de cancro da próstata e quanto maior o seu valor maior o risco. O valor do PSA deve ser avaliado pelo Urologista para definir o risco de um cancro da próstata.

Apesar que, quanto maior o valor do PSA maior o risco de cancro da próstata, este valor pode também estar aumentado por outras causas. O valor do PSA deve ser avaliado pelo Urologista para definir o risco de um cancro da próstata.

Se estiver com sintomas urinários, realizar o exame de PSA pode ser uma consideração importante. Embora o PSA possa estar elevado em casos de sintomas urinários, o principal objetivo deste teste não é diagnosticar as causas desses sintomas, mas sim fazer o rastreio do cancro da próstata. Em Portugal, até recentemente, o rastreio populacional do cancro da próstata não era uma prática comum. Por isso, se já realiza o rastreio regular do PSA, talvez não seja necessário repetir o teste imediatamente ao apresentar sintomas urinários. No entanto, se nunca fez o exame de PSA, o aparecimento de sintomas urinários são um motivo adequado para a realização deste teste.

Não. O exame do PSA não é recomendado nem necessário para o diagnóstico de prostatite. A indicação para o exame do PSA é para rastreio de cancro da próstata ou no seguimento da doença e não para diagnosticar hiperplasia benigna da próstata ou prostatite. Nesses casos o PSA vai estar elevado, mas não altera a conduta médica no tratamento da prostatite.

No caso de um valor aumentado de PSA, pode estar indicada a realização de exames como o SPA livre, o toque retal, a ecografia prostática ou a ressonância magnética.

O PSA total corresponde ao exame do PSA propriamente dito. o PSA livre é uma fração do PSA, sendo a sua medição utilizada, em alguns casos, para avaliar o risco de cancro da próstata. Quanto menor a relação entre o PSA livre e o PSA total, maior a probabilidade de se estar na presença de um cancro da próstata.